ENURESE NOTURNA

Perda involuntária de urina durante o sono, em crianças sem anomalias, em idade na qual o controle esfincteriano habitualmente está presente.

Considera-se que a partir dos cinco anos de idade, a maioria das crianças saudáveis já adquiriu o controle da micção.

Estará presente em 15% das crianças de cinco anos de idade, a partir desta idade, o índice de resolução espontânea é de 15% ao ano, sendo que, aos 15 anos, cerca de 1% da população apresenta enurese.

A prevalência em adultos normais é de aproximadamente 0,5%.

A enurese noturna é mais frequente em meninos que em meninas
(proporção de 3:2).

Causas

• Imaturidade do sistema nervoso: desenvolvimento atrasado do sistema nervoso e falta de sensação de bexiga cheia.

• Padrão anormal do sono profundo (impede a criança de acordar quando a bexiga está cheia).

• Diminuição da capacidade da bexiga

• Produção inadequada de hormônio antidiurético

• Estresse emocional ou social

• Hereditariedade

A hereditariedade está relacionada a alterações no cromossomo 13.

Se ambos os pais tiveram enurese, a probabilidade da criança apresentar enurese é de 72% caindo para 44%, se apenas um dos pais foi enurético e 15%, se nenhum dos pais teve enurese.

Diagnóstico

• Minucioso questionário sobre as características da perda involuntária.

• Exame físico detalhado

• Diário miccional (informações sobre o hábito miccional)

• Pode ser realizada ultrassonografia do trato urinário e eventualmente estudo urodinâmico.

Tratamento

• Comportamental (orientações e mudança de hábitos)

  • Treinamentos do controle de retenção
  • Micção noturna programada
  • Treinamento motivacional

• Alarme noturno (despertador)

• Medicamentoso:

  • Desmopressina (DDAVP) hormônio antidiurético
  • Anticolinérgicos (oxibutinina)
  • Antidepressivos tricíclicos (imipramina)

• Psicoterapia

• Acupuntura