Tumor de Testiculo
5 de junho de 2018 by insiz840_wp
O tumor de testículo representa 1 a 2 % de todos os tumores no homem, 90% dos casos são oriundos dos testículos e 2 a 5% são extra-testiculares ou extra-gonadais, são os chamados tumores de linha média. A maioria ocorrem em somente um testículo, porém em 2% dos casos podem ser bilaterais. Ocorre mais em pacientes jovens com idade entre 30-34 anos. Na atualidade mesmo em tumores avançados conseguimos atingir a cura em mais de 90% dos casos.
Dentre os inúmeros fatores de risco temos 4 bem estabelecidos:
- Criptorquidia: testículos fora do escroto
- História familiar de tumor de testículo
- História pessoal de tumor de testículo
- Neoplasia intraepiteliar de testículo
Os tumores de testículo são divididos em dois grandes grupos: Tumores siminomatosos e tumores não seminomatosos.
Quando Suspeitar?
Todo aumento do volume do testículo dever ser suspeitado!
Geralmente o testículo fica aumentado de volume, endurecido e indolor.
Diagnóstico
Paciente com história de aumento de volume testicular deve ser investigado pelo urologista com exame físico, exame de imagem e exames de sangue (marcadores de tumor de testículo).
Se indicativo de tumor de testículo o paciente deverá ser submetido a retirada do testículo acometido (orquiectomia radical unilateral). Este é enviado para patologia que através de exame anátomo patológico dará o diagnóstico exato do tipo de tumor, e a partir disso inicia-se todo o tratamento direcionado para o subtipo do tumor.
Tratamento
O tipo de tratamento dependerá muito do subtipo do tumor de testículo (Seminoma X não seminoma), e do estadiamento do tumor que é realizado com base nos exames de sangue (marcadores de tumor de testículo) e exames de imagem (tomografia de tórax e abdome), porém todos serão submetidos a retirada do testículo acometido.
Oquiectomia radical
É a retirada do testículo acometido sob raqui anestesia, uma cirurgia rápida e simples. Com ela é possível saber o subtipo do tumor de testículo para direcionar o tratamento.
Subtipo Seminoma
No momento do diagnóstico os tumores seminomatosos estão localizados somente no testículo em cerca de 70% dos casos, ou seja, o tumor não se alastrou pelo corpo. Nesta situação pode ser oferecido diversas formas de tratamento, desde observação, onde serão realizados exames periódicos, ou quimioterapia, ou até radioterapia. Na situação onde o tumor já se disseminou pelo organismo deve ser oferecido quimimioterpia com intenção curativa. Nestes casos conseguimos curar em mais de 90% dos casos.
Subtipo Não-Seminona
No momento do diagnóstico somente em 1/3 dos casos o tumor estará localizado somente no testículo. Nesta situação poderá ser oferecido observação como nos tumores seminomatosos, ou tratamento cirúrgico conhecido como linfadenectomia retroperitoneal (retirada das ínguas do abdomem/retroperitônio), ou até quimioterapia. Em nosso serviço na maioria destes casos indicamos o tratamento cirúrgico, por oferecer a melhor forma de controle do retroperitônio, local comum de disseminação do tumor, uma vez que em até 30% dos casos o paciente evolui com doença neste local não identificada no momento do diagnóstico.
Nos casos onde o paciente apresenta somente disseminação para os linfonodos (“ínguas”) abdominais/retroperitôneais pode ser oferecido tratamento cirúrgico, ou quimioterapia.
No restante dos casos onde o paciente já apresenta disseminação para outros órgãos como pulmão, fígado e cérebro, deverá ser oferecido a quimioterapia com intenção curativa.