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Tumor de Testiculo

 

O tumor de testículo representa 1 a 2 % de todos os tumores no homem, 90% dos casos são oriundos dos testículos e 2 a 5% são extra-testiculares ou extra-gonadais, são os chamados tumores de linha média. A maioria ocorrem em somente um testículo, porém em 2% dos casos podem ser bilaterais. Ocorre mais em pacientes jovens com idade entre 30-34 anos. Na atualidade mesmo em tumores avançados conseguimos atingir a cura em mais de 90% dos casos.

 

 

Dentre os inúmeros fatores de risco temos  4 bem estabelecidos:

 

  • Criptorquidia: testículos fora do escroto

 

  • História familiar de tumor de testículo

 

  • História pessoal de tumor de testículo

 

  • Neoplasia intraepiteliar de testículo

 

 

 

Os tumores de testículo são divididos em dois grandes grupos: Tumores siminomatosos e tumores não seminomatosos.

 

 

 

Quando Suspeitar?

 

 

Todo aumento do volume do testículo dever ser suspeitado!

 

Geralmente o testículo fica aumentado de volume, endurecido e indolor.

 

 

Diagnóstico

 

 

Paciente com história de aumento de volume testicular deve ser investigado pelo urologista com exame físico, exame de imagem e exames de sangue (marcadores de tumor de testículo).

 

 

Se indicativo de tumor de testículo o paciente deverá ser submetido a retirada do testículo acometido (orquiectomia radical unilateral). Este é enviado para patologia que através de exame anátomo patológico dará o diagnóstico exato do tipo de tumor, e a partir disso inicia-se todo o tratamento direcionado para o subtipo do tumor.

 

 

 

Tratamento

 

O tipo de tratamento dependerá muito do subtipo do tumor de testículo (Seminoma X não seminoma), e do estadiamento do tumor que é realizado com base nos exames de sangue (marcadores de tumor de testículo) e exames de imagem (tomografia de tórax e abdome), porém todos serão submetidos a retirada do testículo acometido.

 

 

 

Oquiectomia radical

 

É a retirada do testículo acometido sob raqui anestesia, uma cirurgia rápida e simples. Com ela é possível saber o subtipo do tumor de testículo para direcionar o tratamento.

 

 

 

Subtipo Seminoma

 

No momento do diagnóstico os tumores seminomatosos estão localizados somente no testículo em cerca de 70% dos casos, ou seja, o tumor não se alastrou pelo corpo. Nesta situação pode ser oferecido diversas formas de tratamento, desde observação, onde serão realizados exames periódicos, ou quimioterapia, ou até radioterapia. Na situação onde o tumor  já se disseminou pelo organismo deve ser oferecido quimimioterpia com intenção curativa. Nestes casos conseguimos curar em mais de 90% dos casos.

 

 

 

Subtipo Não-Seminona

 

No momento do diagnóstico somente em 1/3 dos casos o tumor estará localizado somente no testículo. Nesta situação poderá ser oferecido observação como nos tumores seminomatosos, ou tratamento cirúrgico conhecido como linfadenectomia retroperitoneal (retirada das ínguas do abdomem/retroperitônio), ou até quimioterapia. Em nosso serviço na maioria destes casos indicamos o tratamento cirúrgico, por oferecer a melhor forma de controle do retroperitônio, local comum de disseminação do tumor, uma vez que em até 30% dos casos o paciente evolui com doença neste local não identificada no momento do diagnóstico.

 

 

Nos casos onde o paciente apresenta somente disseminação para os linfonodos (“ínguas”) abdominais/retroperitôneais pode ser oferecido tratamento cirúrgico, ou quimioterapia.

 

 

No restante dos casos onde o paciente já apresenta disseminação para outros órgãos como pulmão, fígado e cérebro, deverá ser oferecido a quimioterapia com intenção curativa.