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Infecção Urinária na Mulher

 

A infecção do trato urinário (ITU) é um quadro frequente na população em geral e está entre as infecções mais frequentes, seja na comunidade ou mesmo no ambiente hospitalar. Estima-se que existam 150 milhões de casos anuais em todo o mundo. Nas mulheres, o diagnóstico e a prevenção ITU não complicada acarretam um grande número de consultas, em torno de 8 milhões atualmente nos Estados Unidos.

Nas mulheres pré e pós menopausa, a cistite recorrente assume grande importância no espectro das infecções urinárias em geral, sendo motivo de preocupação por promover limitações na esfera profissional e sexual no dia a dia dessas pacientes.

 

Na prática clínica, a cistite recorrente deve ter seu diagnóstico baseado nos sintomas e cultura de urina positiva.

 

Os sintomas mais frequentes encontrados são:

  • 1- Disúria (dor ao urinar)
  • 2- Polaciúria (aumento da frequência urinária)
  • 3- Urgência miccional (necessidade premente de urinar)
  • 4- Dor supra púbica e urina turva

 

As cistites recorrentes caracterizam-se pela presença de dois ou mais episódios em seis meses ou três ou mais episódios ao ano após a cura da primeira infecção.

Aproximadamente 50% das mulheres serão acometidas de cistite durante a sua vida. As mulheres em atividade sexual farão, no mínimo, um episódio de cistite a cada dois anos.

As bactérias intestinais (enterobactérias) sendo a Escherichia Coli (E. Coli) a principal delas, são responsáveis por 85% a 90% dessas infecções.

 

Os fatores facilitadores (predisponentes) tem papel importante na infecção urinaria. Hábitos prejudiciais de higiene, urinários, sexuais, dietéticos, intestinais e reduzida ingestão de água são potencialmente vinculados ao quadro de cistite recorrente.

Práticas contraceptivas como o uso de preservativo e substâncias espermicidas estão também associado ao aumento de risco de infecção por alteração do pH (acidez da vagina) e da flora vaginal, propiciando a migração de germes ao trato urinário.

Existem diversos fatores predisponentes que podem facilitar instalação de cistite recorrente. A estase urinária (manutenção de urina na bexiga por longos períodos) é um importante fator que pode estar associado diretamente ao hábito miccional. Em mulheres é relativamente comum o bloqueio do desejo miccional, postergando voluntariamente a ato miccional e propiciando a estase. Outro fator relevante são os hábitos de higiene precários e que podem estar associado à cistite, principalmente por germes incomuns. Em mulheres pós menopausa a redução estrogênica (hormonal) ocasiona um ambiente não secretor (menor secreção vaginal) e propícia o aumento de infecções nessa população. Vários trabalhos confirmam o benefício da reposição estrogênica (hormonal) tópica e consequente redução dos episódios de cistite.

Ao longo dos anos as pacientes acometidas de cistite recorrente, predominantemente aquelas desencadeadas pela atividade sexual, tem sido conduzidas clinicamente utilizando vários esquemas com antibióticos.

A prevenção da cistite recorrente pode ser feita de diferentes formas, diferentes posologias e uma grande variedade de antibióticos.

As medidas preventivas são fundamentais. A plena orientação dada à paciente, sugerindo mudanças de hábitos deletérios na esfera miccional, sexual, higiênica, dietética e deficiente ingestão de água. As ações de prevenção incluem aplicação tópica de estrogênio (hormônios) em mulheres pós menopausa, a regularização do hábito intestinal com dieta rica em fibras; a ingestão de oito a dez copos diários de água; e micção regular em intervalos de três horas em média. O exame físico uroginecológico é importante e tem por objetivo a detecção de anomalias anatômicas entre a vagina e o meato uretral.

A micção após a relação sexual é recomendação universal e a utilização de antimicrobianos (antibióticos) após a atividade sexual é valida, porém merece ser discutida sua aplicabilidade caso a caso.

A utilização profilática (preventiva) de antibióticos por períodos prolongados deve ser considerada somente após a utilização de todas as tentativas mais conservadoras e seu inicio deve ser precedido de cultura de urina.

 

 


 

 

Tratamentos alternativos e/ou profilaxia de recorrência

 

  • Cranberry

    • Suco ou cápsulas
    • Pode proporcionar a inibição da ardência do E. Coli (bactéria) na mucosa da bexiga.

 

  • Lactobacilos

    • Supositórios endovaginais
    • Pode diminuir a aderência das bactérias na vagina.

 

  • Vacinas

    • Objetivo é evitar os episódios de reinfecção
    • Exemplos: Solco urovac, Urovaxom

 

  • Ácido Hialurônico

    • Preventivo contra reinfecções
    • Instilação intra vesical (administração dentro da bexiga)

 

 


 

 

Perguntas

 

Qual a importância de seguir o tratamento de uma infecção urinaria
corretamente?

A infecção urinária deve ser tratada de maneira coerente visando não só o término dos sintomas, mas sim o extermínio da bactéria agressora. A ITU mais comum é a cistite (infecção que acomete a bexiga) esta geralmente proporciona irritação da mucosa da bexiga gerando sintomas como: ardor ao urinar (disúria), aumento da frequência miccional (polaciúria), urgência miccional, alteração da coloração da urina (urina turva ou avermelhada). Se esta não for tratadas as bactérias pode subir para os rins e causar um quadro de pielonefrite, sintomas mais graves como: febre, dores lombares, queda do estado geral, comprometimento da função renal. Se esta não for tratada de maneira agressiva pode proporcionar um quadro de septicemia (infecção generalizada) com comprometimento não só dos rins mas de todo o organismo podendo levar a morte do paciente.

 

Fazer algum tipo de check-up com certa frequência pode ajudar a prevenir uma infecção urinária?

Sem dúvida a prevenção tem papel importante não só nas infecções urinárias.

Através de exames de urina, exames de imagem (Ultrassonografia, Raio X, Tomografia etc.) podemos predispor a ocorrência de infecções urinárias temos aqui como exemplos: cálculos renais, malformação genito urinário e doenças como diabetes etc.

É importante lembrar que muitas dessas alterações podem em alguma fase da doença ocorrer de forma assintomática e com as avaliações periódicas podemos diagnosticá-las na fase inicial, minimizando possíveis sequelas futuras.

 

 

Um dos sintomas da infecção urinária é o descontrole e perda de urina, certo?

Isso pode confundir as mulheres e leva-las a acreditar que estão com um problema de incontinência urinária.

 

 

Qual a diferença entre a infecção e incontinência urinária?

Sim, porém quando estas recebem as informações necessárias para a diferenciação diagnóstica a duvida desaparece.

 

 


 

 

Portanto…

 

  • Incontinência urinária é: qualquer perda involuntária de urina.

 

  • Durante um episódio de infecção urinária a incontinência urinária pode estar presente, porém esta geralmente associada a dor para urinar (ardor), aumento de frequência miccional, urgência para iniciar a micção, dor supra púbica, alteração da coloração de urina (turva avermelhada). Por outro lado a incontinência urinária relacionada a falha dos mecanismos de sustentação da uretra e bexiga geralmente não está associado aos sintomas mencionados acima e relaciona-se a: esforço físico, ato de tossir, espirrar, tossir, deambular, exercícios físicos, relação sexual etc. (atos que proporcionam um aumento de pressão abdominal).